A Procura de Vida em Marte

 

A Nasa (Agência Espacial Americana) lançou neste sábado um foguete rumo a Marte levando a bordo um veículo-robô. Uma das missões do aparelho, chamado de Curiosity (Curiosidade), é rastrear possíveis sinais de vida no chamado planeta vermelho.

O veículo-robô levará oito meses e meio para chegar até Marte, distante 570 milhões de quilômetros da Terra.

A expectativa é que a aterrissagem do aparelho, o de maior tecnologia do gênero já construído, ocorra em agosto do próximo ano.

O foguete foi lançado de uma base espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. Assim que chegar a Marte, o robô coletará dados e materiais e irá rastrear se há ou se já houve um ambiente propício à vida no planeta vermelho.

O veículo é a base do Laboratório Científico Marte (MSL, na sigla em inglês), o mais recente esforço da Nasa para explorar o planeta. O ambicioso projeto teve início em 1976 com o programa Viking. Em 1997 veio o Soujournes e em 2004 o Mars Rover.

Embora a viagem em si seja bastante complexa, a maior preocupação é com a aterrissagem e o funcionamento do robô no solo marciano.

Apenas um terço das 40 missões não tripuladas enviadas a Marte desde 1960 teve sucesso.

Custo de US$ 2,5 bilhões

Com seis rodas e uma tonelada, do tamanho de um carro compacto, o veículo robô é dotado de instrumentos de precisão, incluindo um laser com capacidade para fazer intervenções no solo.

Os criadores do Curiosity esperam que a bateria de plutônio funcione, ininterruptamente, por até dez anos. O projeto custou US$ 2,5 bilhões.

Ashwin Vasavada, subdiretor do projeto, disse neste sábado que "esta é a maquina sonhada pelos cientistas".

"É o explorador científico mais capacidado que já enviamos. Estamos muito entusiasmados", disse.

O local de trabalho da Curiosity será a chamada depressão equatorial de Marte, também chamada de Cratera Gale.

Aterrisagem

Assim como os veículos anteriores, o Sojourner e o Mars Rover, o Curiosity aterrissará em Marte envolto em bolsas de ar que, uma vez no solo, se abrirão e deixarão livre o robô.

Como o Curiosity é mais pesado que os antecessores, um sistema com guindaste reduzirá a velocidade de queda e garantirá um pouso mais suave.

Nos corredores da Nasa, o programa é visto como um avanço no projeto que pode levar uma missão tripulada para Marte e suas duas luas em 2030.

Além dos Estados Unidos, o projeto conta com contribuições da Rússia, Canadá, Espanha e França. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.