Espiritismo

 

Espiritismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Disambig grey.svg Nota: "Espiritismo" redireciona para este artigo. Para informações sobre o Espiritismo como codificado por Allan Kardec, veja Doutrina Espírita.

Espiritismo é a doutrina dos que crêem que podem ser evocados os espíritos dos mortos. Em outras acepções, nomeadamente segundo Rivail, dito Allan Kardec (1804-1869), é compreendido como uma doutrina de cunho filosófico-religioso voltada para o aperfeiçoamento moral do homem, que acredita na possibilidade de comunicação com os espíritos através de médiuns.

Desse modo, o termo pode se referir a:

  • Espiritualismo: uma doutrina filosófica que admite a existência do espírito como realidade substancial
  • Doutrina espírita: como codificada pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec).

Índice

 

Usos do termo

Parte da série sobre a

Doutrina espírita

Allan Kardec portrait001.jpg

Conceitos

Fluido cósmico universal
Causa e efeito · Lei de progresso
Materialização · Mediunidade
Perispírito · Psicografia
Plano espiritual · Reencarnação
Espiritismo científico

História

História do espiritismo
História no Brasil · Cronologia

Obras básicas

O Livro dos Espíritos · O Livro dos Médiuns
O Evangelho segundo o Espiritismo
O Céu e o Inferno · A Gênese

Instituições

Centro espírita
Confederação Espírita Pan-Americana
Conselho Espírita Internacional
Federação Espírita Brasileira
Museu Nacional do Espiritismo

 

Portal

v • e

 

Espiritismo codificado por Allan Kardec

Ver artigo principal: Doutrina espírita

O espiritismo popularmente conhecido no Brasil como Doutrina Espírita ou Kardecismo, foi codificado na segunda metade do século XIX pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, que para fins de difusão desses trabalhos sobre o tema, adotou o pseudônimo de "Allan Kardec".

O termo "kardecista" não costuma ser o usado por parte dos adeptos, que reservam a palavra "espiritismo" apenas para a doutrina tal qual codificada por Kardec, afirmando não haver diferentes vertentes dentro do espiritismo, e denominando correntes diversas de "espiritualistas" Estes adeptos entendem que o espiritismo, como corpo doutrinário, é um só, o que tornaria redundante o uso do termo "espiritismo kardecista". Assim, ao seguirem os ensinamentos codificados por Allan Kardec nas obras básicas (ainda que com uma tolerância maior ou menor a conceitos que não são estritamente doutrinários, como a apometria), denominam-se simplesmente "espíritas", sem o complemento "kardecista". A própria obra desaprova o emprego de outras expressões como "kardecista", definindo que os ensinamentos codificados, em sua essência, não se ligam à figura única de um homem, como ocorre com o cristianismo ou o budismo, mas a uma coletividade de espíritos que se manifestaram através de diversos médiuns naquele momento histórico, e que se esperava continuassem a comunicar, fazendo com que aquele próprio corpo doutrinário se mantivesse em constante processo evolutivo. Outra parcela dos adeptos, no entanto, considera o uso do termo "kardecismo" apropriado. O uso deste termo é corroborado por fontes lexicográficas como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, o Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa e o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa.

José Lacerda de Azevedo, médico espírita brasileiro, compreendia o kardecismo como uma "prática ou tentativa de vivência da Doutrina Espírita" criado por brasileiros "permeada de religiosidade, com tendência a se transformar em crença ou seita"

As expressões nasceram da necessidade de alguns em distinguir o "espiritismo" (como originalmente definido por Kardec) dos cultos afro-brasileiros, como a Umbanda. Estes últimos, discriminados e perseguidos em vários momentos da história recente do Brasil, passaram a se auto-intitular espíritas (em determinado momento com o apoio da Federação Espírita Brasileira), num anseio por legitimar e consolidar este movimento religioso, devido à proximidade existente entre certos conceitos e práticas destas doutrinas. Seguidores mais ortodoxos de Kardec, entretanto, não gostaram de ver a sua prática associada aos cultos afro-brasileiros, surgindo assim o termo "espírita kardecista" para distingui-los dos que passaram a ser denominados como "espíritas umbandistas".

Cultos afro-brasileiros

Ver artigos principais: SincretismoCandombléUmbanda e Religiões afro-brasileiras.

No Brasil, o termo "espiritismo" é historicamente utilizado como designação por algumas casas e associações das religiões afro-brasileiras, e seus membros e frequentadores definem-se como "espíritas". Como exemplo, citam-se a antiga Federação Espírita de Umbanda e a atual Congregação Espírita Umbandista do Brasil, no estado do Rio de Janeiro.

No Brasil Império a Constituição de 1824 estabelecia expressamente que a religião oficial do Estado era o Catolicismo. No último quartel do século XIX, com a difusão das idéias e práticas espíritas no país, registraram-se choques não apenas na imprensa, mas também a nível jurídico-policial, nomeadamente em 1881, quando uma comissão de personalidades ligadas à Federação Espírita Brasileira reuniu-se com o Chefe de Polícia da Corte e, subsequentemente, com o próprio Imperador D. Pedro II, e após a Proclamação da República Brasileira, agora em função do Código Penal de 1890, quando Bezerra de Menezes oficiou ao então presidente da República, marechalDeodoro da Fonseca, em defesa dos direitos e da liberdade dos espíritas. Outros momentos de tensão registrar-se-iam durante o Estado Novo nomeadamente em 1937e em 1941, o que levou a que a prática dos cultos afro-brasileiros conhecesse uma espécie de sincretismo sob a designação "espiritismo", como em época colonial o fizera com o Catolicismo.

Adeptos do Candomblé.

A própria Federação Espírita Brasileira chegou a publicar, em 1953, em seu órgão oficial, que os umbandistas poderiam ser considerados "espíritas", com o seguinte argumento: "Baseados em Kardec, é-nos lícito dizer: todo aquele que crê nas manifestações dos espíritos é espírita; ora, o umbandista nelas crê, logo, o umbandista é espírita. "Esse raciocínio causou polémica à época. Anos mais tarde, em 1958, o Segundo Congresso Brasileiro de Jornalismo e Escritores Espíritas opôs-se considerar os umbandistas como espíritas. Duas décadas mais tarde, em 1978 o mesmo Reformador publicou que a designação de "espíritas" pelos umbandistas é "imprópria, abusiva e ilegítima".

Na prática, sinteticamente, as semelhanças entre a prática Umbanda e a Doutrina Espírita são: a comunicação entre os vivos e os mortos, admitindo ambas, por conseguinte, a sobrevivência à morte do chamado "espírito"; a evolução do espírito através de vidas sucessivas (reencarnação); o resgate, podendo ser pela dor e sofrimento, das faltas cometidas em anteriores existências; a prática da caridade.

Por outro lado, as principais diferenças são a admissão pela Umbanda: de cerimônias litúrgicas como o batizado e o matrimônio; a presença de imagens em seus cultos; o emprego de plantas em seus cultos; a música dos pontos cantados para as entidades.

De todas as religiões afro-brasileiras, a mais próxima da Doutrina Espírita é um segmento (linha) da Umbanda denominado de "Umbanda branca", que guarda pouca ligação com o Candomblé, o Xambá, o Xangô do Recife, o Tambor de Mina ou o Batuque.

No tocante específicamente ao Candomblé, crê-se na sobrevivência da alma após a morte física (os Eguns), e na existência de espíritos ancestrais que, caso divinizados (os Orixás, cultuados coletivamente), não se materializam; caso não divinizados (os Egungun), materializam em vestes próprias para estarem em contacto com os seus descendentes (os vivos), cantando, falando, dando conselhos e auxilindo espiritualmente a sua comunidade. Observe-se que o conceito de "materialização" no Candomblé, é diferente do de "incorporação" na Umbanda ou na Doutrina Espírita. Em princípio os Orixás só se apresentam nas festas e obrigações para dançar e serem homenageados. Não dão consulta ao público assistente, mas podem eventualmente falar com membros da família ou da casa para deixar algum recado para o filho. O normal é os Orixás se expressarem através do jogo de Ifá (oráculo).

No Candomblé, a função dos rituais durante as cerimónias de iniciação é a de afastar todo e qualquer espírito ou influência, recorrendo-se ao Ifá para monitorar a sua presença. A cerimónia só ocorre quando este confirma a ausência de Eguns no ambiente de recolhimento. Os espíritos são cultuados, nas casas de Candomblé, em uma casa em separado, sendo homenageados diariamente uma vez que, como Exú, são considerados protetores da comunidade.

O Espiritismo na cultura popular

Na cultura popular, muitas obras de arte apresentam ou contêm alusões a fatos, circunstâncias e conceitos que se assemelham a algumas crenças espíritas:

Literatura

"Hamlet e o fantasma" (gravura de Henry Fuseli1789).

Cinema

  • Sole Survivor (1970), um filme para a televisão protagonizado por Vince Edwards e Richard Basehart, desenvolve um enredo que se inicia com a queda de um bombardeiro B-25 Mitchell no deserto da Líbiadurante a Segunda Guerra Mundial com a morte de todos os membros da tripulação. Décadas mais tarde, os destroços são localizados e uma equipa da Força Aérea é enviada ao local do acidente para investigá-lo. Os espíritos dos membros da tripulação, inconscientes de sua condição de mortos, continuam no local, à espera de serem salvos por uma expedição de resgate. O comportamento dos espíritos dos mortos nesta história é coerente com os ensinamentos da doutrina espírita.
  • Ghost (1990), protagonizado por Demi Moore e Patrick Swayze, é uma das primeiras representações de fenómenos após-vida similares aos referidos pela Doutrina Espírita em uma produção cinematográfica. Swayze desempenha o papel de um homem jovem que é morto por um ladrão, deixando a sua esposa (Moore). Ele, como espírito, faz contato com uma médium, interpretada por Whoopi Goldberg e tenta auxiliar a sua esposa antes de partir do plano terrestre.
  • The Sixth Sense (1999), protagonizado por Haley Joel Osment e Bruce Willis, é talvez um dos mais conhecidos filmes abordando o tema do espiritismo. O personagem Cole Sear (protagonizado por Osment) é uma criança médium, enfrentando o ceticismo de todos.
  • The Others (2001) pretende ilustrar o que acontece com espíritos que não percebem que estão realmente sob a forma de espírito, de modo semelhante ao postulado pela doutrina espírita.
  • Shutter (2004) retrata uma situação razoávelmente precisa de obsessão, completa com representações de manifestações de efeitos físicos e materializações de um espírito.

Televisão

Telenovelas

No Brasil, diversas telenovelas apresentaram conceitos de espiritismo:

  • "O Profeta" (1977), produzida pela extinta TV Tupi, e que também conheceu "remake" pela TV Globo (ver O Profeta (2006)), incluiu o espiritismo como uma das filosofias que tentam explicar os poderes do personagem principal, inclusive o de predizer o futuro.
  • "Terra Nostra" (1999) incluiu uma subtrama acerca de um jovem obsidiado pelo espírito do jovem amante da sua mãe que havia sido morto por seu avô.
  • "Alma Gêmea" (2005), produzida pela TV Globo, narra a história de uma mulher que morre e renasce para reencontrar a sua alma gémea.
  • "Duas Caras" (2007), produzida pela TV Globo, incluiu um personagem chamado Ezekiel, que era anti-cristão graças a manifestações de sua mediunidade.
  • "Escrito nas Estrelas" (2010), apresenta muitos temas espíritas, tais como a reencarnação, a evolução dos espíritos, e a mediunidade.

O Espiritismo na Academia

"Croquis" de um médium: gravura da obra "Extériorisation de la sensibilité" de Albert de Rochas (Paris, 1899).

Um dos experimentos de William Crookes (c. 1870).

Embora a crença em uma vida após a morte surja desde a pré-história, ao fim do Paleolítico, caracterizada pela aparição de rituais de sepultamento e culto aosancestrais, o surgimento do espiritismo desde meados do século XIX, a partir da manifestações das Irmãs Fox despertou não apenas o interesse popular - expresso nas "mesas girantes" ou pelo tabuleiro Ouija -, mas também o da academia. Entre os pesquisadores que se dedicaram aos chamados "fenómenos psíquicos", citam-se por exemplo:

Contudo, mesmo estudados por várias personalidades de renome que acabaram por contribuir de outras formas, significativas ou não, à ciência em sua acepção moderna, tais cientistas não foram capazes de elucidar ou concluir pela existência de fatos que obedeçam aos rigores científicos e que levem à conclusão segura da realidade natural dos espíritos. A metodologia utilizada pelas correntes espíritas ou é bem diferente ou transcende o método científico, e por tal o espiritismo permanece, ainda hoje, como tema não científico quando se considera a acepção "stricto sensu" de ciência, encontrando-se o espiritismo notoriamente muito mais atrelado às religiões do que às academias científicas propriamente ditas [32][33][34].

O Espiritismo e a Medicina

Históricamente, em termos de Medicina, indivíduos com sintomas como audição ou visão de espíritos foram tratados como sendo portadores de transtornos mentais.

Entretanto, desde 1998 a Organização Mundial de Saúde, que até então definia o conceito de saúde apenas como o estado de completo bem-estar biológico,psicológico, e social do ser humano, passou a a defini-lo como o estado de completo bem-estar do ser humano integral, biológico, psicológico e espiritual.

Atualmente, a Classificação internacional de doenças (CID) em sua atualização de 2006, a CID-10, prevê, em seu item F.44.3 os chamados "Estados de transe e de possessão", definidos como:

"Transtornos caracterizados por uma perda transitória da consciência de sua própria identidade, associada a uma conservação perfeita da consciência do meio ambiente. Devem aqui ser incluídos somente os estados de transe involuntários e não desejados, excluídos aqueles de situações admitidas no contexto cultural ou religioso do sujeito."

Nesse sentido é feita a distinção entre o estado de transe normal - não mais considerado doença -, e o transtorno dissociativo psicótico, uma patologia psiquiátrica.

Relação com o Catolicismo

Ainda para uma conceituação abrangente, a Congregação para a Doutrina da Fé, herdeira do Santo Ofício, em 1 de junho de 1917 condenou a prática do Espiritismo e proibiu aos católicos participarem, sob qualquer pretexto de reuniões espíritas:

"(...) partecipare, con medium o senza medium, servendosi o no dell'ipnotismo, a sedute o a manifestazioni spiritiche, anche se hanno un'apparenza onesta o pia, sia s'interroghino le anime o gli spiriti, sai si ascoltino le risposte, sia ci si accontenti di fare da osservatori, quand'anche si dichiarasse tacitamente o espressamente che non si vuole avere alcun rapporto con gli spiriti cattivi."

Coincidentemente, no ano anterior (1916) fora fundada, em Londres, a Igreja Católica Liberal, independente de Roma, que tem como um dos seus princípios a crença na reencarnação.

Atualmente um novo grupo dentro do Catolicismo, a Renovação Carismática Católica, mostra-se mais aberto ao que os espíritas definem como prática mediúnica, defendendo a valorização de uma experiência pessoal com Deus, particularmente através do Espírito Santo e dos seus dons. Entre as práticas da Renovação Carismática destaca-se a da formação de grupos de oração.

Referências

  1. ↑ a b Verbete "Espiritismo" in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa Consultado em 13 Mai 2011.
  2.  Dicionário Eletrônico Houaiss de Língua Portuguesa 3.0. [S.l.]: Objetiva Ltda, 2009..
  3.  Verbete "Espiritualismo" in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa Consultado em 14 Mai 2011.
  4. ↑ a b Esclarecimentos sobre o que é o Espiritismo. ipepe.com.br. Página visitada em 13 de abril de 2010.
  5.  Até aos nossos dias isso não se registrou, tendo as obras básicas da chamada "Codificação" permanecido inalteradas desde então.
  6.  Kardecismo como Espiritismo: um Conceito. ceismael.com.br. Página visitada em 13 de abril de 2010.
  7.  Dicionário Eletrônico Houaiss de Língua Portuguesa 2.0.1. [S.l.]: Objetiva Ltda, 2007.  (ligação disponível apenas para assinantes UOL.
  8.  Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. [S.l.]: Nova Fronteira, 1999.
  9.  Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. [S.l.]: Melhoramentos, 1998.
  10.  Da Cunha, Antônio Geraldo. Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. [S.l.]: Lexikon, 1986.
  11.  APOMETRIA - (Biografia Dr. Lacerda). Caso do Jardim - Entidade Espírita Assistencial. Página visitada em 13 de abril de 2010.
  12.  Ver: Triste episódio ocorrido em 1953 Consultado em 14 de Junho de 2008.
  13.  Organizadora do I Congresso Brasileiro de Umbanda. Anais disponíveis para download em: Consultado em: 8 de Junho de 2008.
  14.  Conforme o seu Art. 5, que estipulava: "A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Imperio. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem fórma alguma exterior do Templo." In: Constituição Política do Império do Brazil Consultada em 13 de Julho de 2008.
  15.  Este Código foi promulgado pelo Decreto nº 22.213, de 14 de Dezembro de 1890, mas só entrou em vigor seis meses após a sua publicação. Os seus artigos nrs. 157 e 158 proibiam expressamente "praticar o Espiritismo" e "inculcar curas de moléstias curáveis ou incuráveis", o que afetava diretamente as atividades das sociedades espíritas, cuja prática de receituário mediúnico homeopático era muito difundida à época.
  16.  "(...) hoje ainda se observa a tendência de as tendas de umbanda levarem em seu nome o termo 'espírita', denotando a aceitação social maior que gozavam os adeptos de Allan Kardec." (PINHEIRO, 2004:276).
  17.  Reformador, julho de 1953, p. 149.
  18.  CARNEIRO, 1996:21.
  19.  Op. cit., p. 21-22.
  20.  Materialização de Egungun in Yorubana.com.br, Consultado em 2 nov 2011.
  21.  Deste tempos antigos, como em I Samuel 9:9 ("(Antigamente em Israel, indo alguém consultar a Deus, dizia assim: Vinde, e vamos ao vidente; porque ao profeta de hoje, antigamente se chamava vidente)."), e como prática corrente, como em I Samuel 10:6-24 ("E o Espírito do SENHOR se apoderará de ti, e profetizarás com eles, e tornar-te-ás um outro homem. (...)". Conforme o contexto, constituía-se numa prática arriscada, como ilustrado em II Crónicas 16:7-10.
  22.  Outra evidência da existência desta prática entre o povo judeu, uma vez que não se proíbe aquilo que não existe: "Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoireiro, nem feiticeiro; / Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; / Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti. (Deuteronómio 18:10-12)
  23.  O episódio da chamada Bruxa de Endor descreve o modo pelo qual era praticada a invocação do espírito dos mortos na região, à época, no que seria hoje considerada uma simples sessãomediúnica. Ver 1 Samuel 28:1-25.
  24.  Mateus, 17:1-9.
  25.  Sole Survivor - Vince Edwards, Richard Basehart, William Shatner, Lou Antonio - 1970
  26.  "The Sixth Sense" (1999) Consultado em 5 Jun 2011.
  27. ↑ a b Gilberto Schoereder. "Médiuns na TV" in Revista Sexto Sentido. Consultado em 5 Jun 2011.
  28.  Crossing Over with John Edward in TV.com Consultado em 27 Jun 2011.
  29.  'Depois da Vida' na TVI in PlanetaIdeal.pt, 5 Out 2010. Consultado em 27 Jun 2011.
  30.  Anne Germain Telecinco in WikiNoticia, 2 Fev 2011. Consultado em 27 Jun 2011.
  31.  Duas Caras - BIOGRAFIA - Ezequiel
  32.  Para maiores detalhes e referências, consulte Fenômenos espíritas e a ciência.
  33.  "ciência só pode determinar o que é, não o que 'deve ser', e fora de seu domínio permanece a necessidade de juízos de valor de todos os tipos" (Albert Einstein); "homem domina a natureza não pela força, mas pela compreensão. É por isto que a ciência teve sucesso onde a magia fracassou: porque ela não buscou um encantamento para lançar sobre a natureza" (Jacob Bronowski). Ambas as citações conforme relatado por SINGH, SimonBig Bang. p. 459.
  34.  SINGH, Simon. Big Bang. Rio de Janeiro; São Paulo: Editora Record, 2006. ISBN 85-01-07213-3Capítulo "O que é ciência?", e demais.
  35.  F44 Transtornos dissociativos (de conversão). in FAU.com.br, consultado em 30 ago 2011.
  36.  Em uma versão livre: "(...) Participar, com um médium ou sem um médium, servindo-se ou não dohipnotismo, para as reuniões ou manifestações espíritas, mesmo que apresentem uma aparência honesta ou piedosa, tanto para interrogação de almas ou espíritos, como para ouvir respostas, tanto como contentar-se em agir como observadores, mesmo que tácita ou expressamente se declare que não haverá qualquer contato com os espíritos aprisionados [i.é, condenados].Cronologia Espírita: 1914-1945 Tempos de Comoções in Grupo de Estudos Avançados Espíritas. Visitado em 4 Jun 2011.
  37.  Conforme referido no texto bíblico: "A cada um é dada a manifestação do Espírito [Santo] para proveito comum. / A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; / a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças, no mesmo Espírito; / a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas." (I Cor 12:7-10)
  38.  Grupo de Oração, ambiente privilegiado de missão in RCCBrasil.org.br Consultado em 16 Jun 2011.

Bibliografia