Islamismo

 

Islamismo

 

 “Allah é o maior!
Eu testemunho que não há divindade senão Allah (Deus)!
Eu testemunho que Maomé é o Mensageiro de Allah!
Vem para a oração, vem para o êxito!
Allah é o maior! Não há divindade senão Allah! ”


Adhan (Chamamento)

 

 

Fundado pelo profeta Muhammad, ou Maomé como é mais conhecido, o islamismo (da palavra árabe islam, que significa resignação, a inteira submissão a Deus) é a religião que mais cresce no mundo, contando atualmente com cerca de 1,3 bilhões de pessoas em todo o mundo.

 Maomé nasceu em Meca, Arábia Saudita, no ano de 570d.c. e viveu entre mercadores durante a maior parte de sua vida. Naquela época a região da Arábia pertencia à periferia do Império Romano do Oriente (Bizantino), e nada mais era do que um imenso deserto, habitado aqui e ali por pequenas tribos de beduínos que, com suas caravanas de camelos, cortavam suas areias, dunas e montanhas, em todos as direções daquele mundo desolado. Elas viviam em intermináveis conflitos, travando guerras entre si, ou pela posse dos oásis ou para vingar um saque a que foram submetidas. Cada uma das tribos tinha um culto em torno dos seus ídolos particulares. É neste contexto, que aos 40 anos, segundo a tradição, o profeta teve uma visão do anjo Gabriel, na caverna do monte Hira, que lhe revelou a existência do Deus único (Alá) e também lá, Maomé recebeu as revelações de Alá, registrando-as no livro sagrado, o Alcorão ou Corão (do árabe qur’am, que significa leitura). A partir deste momento Maomé passou a pregar a esta mensagem publicamente. Sendo perseguido por suas novas idéias, foi obrigado a fugir, em 622 d.c., de Meca,  emigrando para Medina. Este episódio foi chamado de hériga e é o marco inicial do islamismo e do calendário muçulmano.

A expansão da religião islâmica se deu através de muitas guerras, mas, a simplicidade de seus conceitos e sua fácil aplicação, certamente contribuíram muito para sua fácil aceitação. Na religião muçulmana não há imagens, rituais pomposos e elaborados, e, apesar de admitir a existência de emissários divinos, a ligação dos homens com Alá é direta, sem necessidade de intermediários e pode ser realizada em qualquer lugar.

O livro sagrado dos muçulmanos (crentes), o Alcorão, é todo escrito em árabe (a língua preferida de Deus) e é muito mais do que apenas um livro religioso, na verdade ele é um amplo código de conduta religiosa, moral e política. Seu conteúdo é inquestionável, pois expressa a palavra de Alá. Composto de 114 suras (capítulos) e vários versículos, o Corão contém várias metáforas, que podem ser interpretadas de diferentes maneiras, o que explica a sua diferente aplicação entre os povos muçulmanos.

Apesar de muitos acharem o islamismo uma religião diferente, ele guarda várias semelhanças com o cristianismo, como por exemplo: a crença num Deus único, a existência de um paraíso e do inferno, a ressurreição, e o julgamento final. Jesus é citado com respeito no Alcorão, embora seja visto apenas como um profeta. Ainda, segundo o Islã, Alá enviou 124.000 profetas ao mundo, apesar de unicamente trinta estarem relacionados no Corão. Os seis principais foram:

  • Profeta Adão, o escolhido de Alá;
  • Profeta Noé, o pregador de Alá;
  • Profeta Abraão, o amigo de Alá;
  • Profeta Moisés, o porta-voz de Alá;
  • Profeta Jesus, a palavra de Alá;
  • Profeta Maomé, o apóstolo de Alá;

 

A vida religiosa do muçulmano tem práticas bastante rigorosas, as quais são chamadas de “Colunas da Religião” e devem ser seguidas por todos os seus seguidores.

1.     Recitação do credo islâmico: Não existe nenhum deus além de Alá e Maomé, o seu profeta.

2.     Preces cotidianas: chamadas de slãts, feitas cinco vezes ao dia, virados em direção a Meca. A chamada para a oração é feita por uma corneta, denominada de muezim, de uma torre chamada de minarete, a qual faz parte de um santuário ou lugar público de adoração conhecido como mesquita.

3.     Observação do mês de Ramadã: o qual comemora a primeira revelação do Corão recebida por Maomé. Durante um mês, as pessoas jejuam desde o nascer até o pôr do sol. Segundo eles, os portões do paraíso abrem, os do inferno fecham, e os que jejuam têm seus pecados perdoados.

4.     Pagamento do zakat: imposto anual de 2,5% do lucro pessoal, como forma de purificação e ajuda aos pobres. Também ofertam para a Liga Muçulmana.

5.     Peregrinação para Meca: ou Hajj, ao lugar do nascimento de Maomé, na época de Eid el Adha (festa islâmica que rememora o dia em que o profeta Abraão aceitou a ordem de sacrificar um carneiro em lugar de seu filho), deve ser feita pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano dotado de condições físicas e econômicas.

 

Obs: Alguns supõem que também faz parte das obrigações, entrando como o 6º pilar, a adesão à jihad, a guerra santa na defesa do Islã e da reforma do mundo para a conversão de todos.

 

Apesar de seus preceitos principais serem aceitos por todos os muçulmanos, há entre eles uma divisão, existindo dois grandes grupos:

¨     Xiitas (Shiat Ali ) – Partidários de Ali, que segundo os xiitas, deveria ter sido o primeiro sucessor (califa), por ser parente do Profeta Maomé(Mohammad). Na hierarquia política os xiitas determinam que o líder da nação deve ser um descendente do profeta Maomé. São maioria no Irã e numerosos no Iraque, e Afeganistão.

¨     Sunitas – Representam 90% dos muçulmanos. Para eles a liderança cabia sempre a quem foi eleito, desde que apresente capacidade.

 

 



 

Fontes:   www.terra.com.br/almanaque/historia/islamismo.htm

               www.terravista.pt/meiapraia/

               www.sepoangol.org

               www.asreligioes.com.br

               História Geral – Heródoto Barbeiro

               História Geral – Osvaldo R. de Sousa